O espaço como elemento estruturador do romance e do filme Vidas Secas
Mots-clés :
romance, filme, espaço, Vidas secasRésumé
Partindo do pressuposto de que o espaço fílmico difere do romanesco, na medida em que se realizam em linguagens diferentes, que possuem naturezas distintas, e que, conseqüentemente, se atualizam de formas diversas, o presente artigo propõe uma reflexão sobre o espaço como elemento estruturador do romance Vidas secas, de Graciliano Ramos e sua tradução para o filme homônimo, de Nelson Pereira dos Santos. É objetivo deste trabalho analisar os recursos lingüísticos de que se vale o romancista para descrever o espaço, e as estratégias a que recorre o cineasta para produzir efeitos análogos. O aporte teórico que respalda a análise se baseia sobretudo nas teorias semióticas que estudam a relação entre literatura e cinema. A conclusão a que se chegou é que tanto o texto romanesco quanto o fílmico se constroem à semelhança de uma espiral.
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