Capitalismo, estado e educação:
as tendências das políticas educacionais, o limite do capital ao bem público e a PEC 55
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2359-7003.2022v31n3.53278Palavras-chave:
PEC 55. Democracia capitalista. Políticas educacionais. Subjetividade. Poder.Resumo
Este estudo tem por objetivo analisar, à luz das teorias sobre a influência do capitalismo e do neoliberalismo, a Proposta de Emenda Constitucional 241/2016, ou PEC 55, e o contexto das políticas educacionais brasileiras. A análise documental e a revisão teórica de bibliografia serão as metodologias básicas aqui empregadas. A teoria crítica será o enfoque principal, auxiliado pelas possibilidades da sociologia simmeliana e da perspectiva fenomenológica da ação. Sendo assim, é possível perceber a institucionalização da técnica de gestão do estado democrático capitalista, a impossibilidade de representação política das massas, a diluição dos direitos básicos para o bem comum dos eleitores e a repercussão negativa desse processo na educação. A contradição entre conservadorismo e liberalismo deixa de existir e dá margem à junção de neoliberalismo e neoconservadorismo na gestão tecnocrática do Estado, ganhando aspectos de subjetividade dos setores no poder.
Downloads
Referências
BRASIL. Projeto de Emenda Constitucional nº 55, de 15 de Dezembro de 2016. Altera o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o Novo Regime Fiscal, e dá outras providências. Diário Oficial da União, pp 2-3, 16 de Dezembro de 2016.
COSTA, F. L. O. O estado neoliberal e a promulgação da educação enquanto mercadoria. Revista Eletrônica de Educação, São Carlos, v. 6, n.2, nov. 2012.
FONSECA, V. M.; BRAGA, S. R. Globalização e crise na educação: notas para uma ação ética na escola. Revista Formação, n. 16, v. 01, p.103-116, 2008. Disponível em: < http://revista.fct.unesp.br/index.php/formacao/article/view/869/897 >. Acesso em: 19 Set. 2018.
FREITAG, B. A teoria crítica: ontem e hoje. Editora Brasiliense, 1988.
FREITAS, L. C. Eliminação adiada: o ocaso das classes populares no interior da escola e a ocultação da (má) qualidade do ensino. Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 965-987, Out., 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302007000300016&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 20 set. 2018.
FREITAS, L. C. Os reformadores empresariais da educação: da desmoralização do magistério à destruição do sistema público de educação. Educ. Soc., Campinas, v. 33, n. 119, p. 379-404, jun. 2012 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302012000200004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 27 set. 2018.
GALLO, S. Subjetividade, ideologia e educação. Perspectiva, v. 16, n. 29, p. 133-152, 1998. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/view/10581>. Acesso em: 03 Ago. 2018.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2008.
MARCONDES, N. A. V; DE MELO TOLEDO, M. F. Teoria social crítica: práxis e polêmicas. Revista Univap, v. 20, n. 35, p. 171-182, 2014. Disponível em: <https://revista.univap.br/index.php/revistaunivap/article/view/206>. Acesso em: 20 Nov. 2018.
MOTTA, V. C.; FRIGOTTO, G. Por que a urgência da reforma do ensino médio? Medida provisória Nº 746/2016 (LEI Nº 13.415/2017). Educ. Soc., Campinas, v. 38, n. 139, p. 355-372, Jun. 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302017000200355&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 09 de novembro de 2018.
OFFE, C. Dominação política e estruturas de classes: contribuição à análise de sistemas sociais do capitalismo tardio. In:______ VOGT, W.; FRANKE, J.; OFFE, C. Estado e capitalismo. Rio de Janeiro: Tempo brasileiro, 1980.
PRZEWORSKI, A. Capitalismo e socialdemocracia. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.
ROSSI, P.; DWECK, E. Impactos do novo regime fiscal na saúde e educação. Cadernos de Saúde Pública, v. 32, p. e00194316, 2016. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2016001200501&lng=pt&tlng=pt >. Acesso em 1 Dez. 2018.
SIMELL, G. Excurso sobre o problema: como é possível a sociedade? Sociol. Antropol., Rio de Janeiro, v. 3, n. 6, p. 653-672, Dez. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S223838752013000600653&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 16 Abr. 2018.
SIMMEL, G. As grandes cidades e a vida do espírito. Mana, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, p. 577-591, Out. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93132005000200010&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 08 Out. 2018.
SCHUMPETER, J. A. Capitalismo, socialismo e democracia. Trad. Ruy Jungman. Rio de Janeiro: Editora Fundo de cultura, 1961.
SOARES, L. Ajuste Neoliberal e desajuste social na América Latina. Petrópolis, RJ:Vozes. 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Temas em Educação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).