EDUCAÇÃO SEXUAL EM TEMPOS PANDÊMICOS
analisando narrativas docentes e experiências curriculares na docência em Ciências e Biologia
DOI:
https://doi.org/10.15687/rec.v15i3.64633Palavras-chave:
Currículo, Educação em Ciências, SexualidadeResumo
O artigo reflete sobre experiências e práticas docentes direcionadas à educação sexual produzidas por professoras de Ciências e Biologia em escolas públicas mineiras ao longo do período pandêmico. A pesquisa, de viés qualitativo, teve sua empiria produzida a partir de entrevistas feitas com docentes, almejando interpelar e matizar prescrições curriculares contidas em documentos oficiais e legislações. Debate-se que imposições curriculares restringiram a autonomia docente e erigiram desafios à abordagem da temática. Discute-se o cenário conservador que pressiona a docência e gera constrangimentos ao trabalho pedagógico sobre corpo humano, saúde, gêneros e/ou sexualidades que escapa de um viés biomédico, higienista e comportamentalista. Ademais, as oportunidades inventadas com as tecnologias de informação e comunicação esbarraram na exclusão digital e na vulnerabilidade socioeconômica dos estudantes. Conclui-se que apesar das professoras resistirem e insistirem na construção de estratégias didáticas voltadas à promoção educação sexual, entraves estruturais e conjunturais foram empecilhos para processos de ensino e aprendizagem plurais e inclusivos.
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