A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL
disputas por hegemonia
DOI:
https://doi.org/10.15687/rec.v15i2.63697Palavras-chave:
Formação docente, Educação Infantil, Teoria do DiscursoResumo
À luz da Teoria Política do Discurso, de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, analisam-se as demandas por formação das docentes da Educação Infantil, examinando o jogo de decisões políticas em disputa no período entre 2009 e 2019, que negociam o espaço de formação e as possibilidades de significação dessa docência. Interpretam-se as demandas pelos tipos de formação, considerando a movimentação de sentidos que percorrem o debate da reformulação curricular dos cursos de formação para essa docência, especialmente, do curso de Pedagogia. Procura-se extrair as principais reivindicações de entidades acadêmicas, organizações internacionais e de outras organizações sociais. Interpreta-se que as demandas por formação se vinculam a uma demanda por reconhecimento profissional, que se antagoniza à figura da professora leiga. Conclui-se que o rebaixamento das exigências nos processos de qualificação das professoras de Educação Infantil, mediante uma formação em nível médio, de grau técnico ou vocacional, o aligeiramento dos processos de formação e a redução de investimentos (por meio de alternativas emergenciais como: a formação a distância e programas de formação em serviço) são ações fragmentadas nas políticas de formação das professoras de Educação Infantil. Sendo assim, a satisfação das demandas por formação superior e específica em Educação Infantil que emerge nos documentos da comunidade acadêmica e de movimentos sociais parece necessária para conter o quadro de desprofissionalização dessa categoria.
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