O DEBATE PEDAGÓGICO EM TORNO DA DIVERSIDADE SEXUAL A PARTIR DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO PARFOR
DOI:
https://doi.org/10.15687/rec.v17i1.66805Palavras-chave:
Diversidade sexual, Formação de professores, PARFORResumo
O artigo tem por objetivo descrever e analisar como o Curso de Licenciatura em Pedagogia na modalidade PARFOR da Universidade do Estado do Amapá (UEAP) tem se organizado quanto à oferta de disciplinas e ao debate pedagógico da diversidade sexual e sua relação com a educação libertadora. Trata-se de pesquisa documental, que se utilizou da análise de projetos pedagógicos de curso (PPC), matrizes curriculares e ementários dos componentes curriculares do referido curso, os quais foram submetidos à técnica de análise do conteúdo. Os resultados demonstraram que, em detrimento do seu anúncio, o curso não contempla de forma efetiva os debates, tanto da educação libertadora quanto o debate pedagógico da diversidade sexual na formação de professores no PARFOR. Depreendeu-se que existe uma contradição entre o anunciado e o que é de fato concretizado. A partir do estudo documental de planos de curso e do projeto pedagógico, compreendeu-se que existe, sim, uma tentativa de colocar no papel o debate da diversidade, numa perspectiva democrática de inclusão, que na prática se torna inócua, pois tal anúncio visa atender apenas a adequações linguísticas e discursivas não opressivas, porém isso não significa, efetivamente, ações teóricas e práticas antiopressivas em termos da diversidade sexual.
Downloads
Métricas
Referências
APPLE, Michel W. Educando à direita: mercados, padrões, Deus e desigualdade. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2003. (Biblioteca freiriana; v.5)
AQUINO, Julio Groppa (org.). Diferenças e Preconceitos na Escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1998.
ARROYO, Miguel G. Outros Sujeitos, Outras Pedagogias. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.
BARDIN, Laurence. Análise do conteúdo. Lisboa- Portugal: Ed.70, 2004.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Casa Civil, 1996
BRASIL. Ministério da Educação. Decreto n. 6.755, de 29 de janeiro 2009. Institui a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, disciplina a atuação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES no fomento a programas de formação inicial e continuada, e dá outras providencias. Brasília: Senado federal, 2009. Disponível em: https://legis.senado.leg.br/norma/411017#:~:text=INSTITUI%20A%20POLITICA%20NACIONAL%20DE,CONTINUADA%2C%20E%20DA%20OUTRAS%20PROVIDENCIAS. Acesso em: 22 fev. 2022.
BRASIL. Presidência da República. Secretaria-Geral. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto n. 8.752, de 9 de maio de 2016. Dispõe sobre a Política Nacional de Formação dos Profissionais da Educação Básica. Brasília: Casa Civil, 2016. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Decreto/D8752.htm#art19. Acesso em: 22 fev. 2022.
COPPETTE, Maria C. Educação Intercultural e sensibilidade: possibilidades para a docência. 2012. 593 f. Tese (Doutorado) – Curso de Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2012.
DINIS, Nilson Fernandes. Homofobia e educação: quando a omissão também é signo de violência. Educar em Revista, Curitiba, n. 39, p. 39-50, jan./abr. 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/er/n39/n39a04. Acesso em: 21 fev. 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-40602011000100004
FLEIRI, Reinaldo M. Intercultura e Educação. Revista Brasileira de Educação, n. 23, p. 16-35, maio/ago. 2003. Acesso em: 21 fev. 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782003000200003
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 1. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. 21. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
LOGETO, Michele Sodré. A recontextualização das Leis 10.639/03 e 11.645/08 nos currículos dos cursos de Pedagogia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB. Vitória da Conquista: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 2020.
LOURO, Guacira Lopes. Corpo, Gênero e Sexualidade: um debate contemporâneo na educação. Rio de Janeiro: Vozes, 2003.
PARFOR. Fórum Estadual Permanente de Apoio à Formação Docente – FEDAP-AP. Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica. Relatório das Atividades do PARFOR e FEDAP/AP. ANO 2022. Macapá: PARFOR, dez. 2022.
SACRISTÁN, José Gemeno. O currículo: uma reflexão sobre a prática [recurso eletrônico]. 3. ed. Porto Alegre: Penso, 2020.
SALVADOR, Angelo Domingos. Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica. 11. ed. São Paulo: Sulinas, 1986.
SANTOS, Sueli Andrade dos.; SOUZA, Maria de Fátima Matos de. O PARFOR como Política Pública de (com)formação de professores: reflexões necessárias. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 7, p. e45211730202, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i7.30202. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/30202. Acesso em: 8 abr. 2023. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.30202
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos e identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
SOARES, Zeline Pereira; MONTEIRO, Simone Souza. Formação de professores/as em gênero e sexualidade: possibilidades e desafios. Educar em Revista, Curitiba, v.35, n. 73, p. 287-305, jan./fev. 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-4060.61432
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ (UEAP). Projeto Pedagógico de Pedagogia/PARFOR. Macapá, 2009.
VASCONCELOS, Elizandra Rego de. A formação de professores na Amazônia e as dimensões socioambientais: um estudo sobre o PARFOR. 2016. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículo
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao submeter um artigo à Revista Espaço do Currículo (REC) e tê-lo aprovado, os autores concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos à Revista Espaço do Currículo: os direitos de primeira publicação e a permissão para que a REC redistribua esse artigo e seus metadados aos serviços de indexação e referência que seus editores julguem apropriados.