AUTO-CONHECIMENTO EM KEMET:

ORIGEM DAS UNIVERSIDADES

Autores

  • Valter Duarte UERJ

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v10i2.49111

Palavras-chave:

Filosofia, Filosofia Antiga, Filosofia Africana, Kemet, Ética

Resumo

Desde a publicação dos trabalhos do polímata senegalês Cheikh A. Diop e do filósofo e linguista congolês Théophile Obenga, estudiosas e estudiosos ao redor do globo lançaram-se em esforço coletivo para discutir a participação e a contribuição dos povos africanos para o estabelecimento da sociedade tal como conhecemos e com isso ampliar a historiografia humana. O presente artigo apresentará a definição de filosofia desenvolvida pelos povos do Egito Antigo, em vigor desde o quarto milênio antes da Era Comum, reportada por Obenga e pelo filósofo afro-brasileiro Renato Noguera. Em seguida ampliar o debate apontando uma das aplicações desse conceito na obra do escriba e Vizir da 6ª Dinastia faraônica, Ptah-Hotep.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Valter Duarte, UERJ

Licenciado e Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Sergipe e Doutorando em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Atua nas áreas de Filosofia Antiga, Ética, Epistemologia, Teoria do Conhecimento, Lógica, Semiótica e Filosofia Helenística. Atualmente seus estudos tem como foco a produção do filósofo egípcio e Vizir Ptah-Hotep, da 6a Dinastia faraônica.

Referências

ARAÚJO, Emanuel. Escrito para a Eternidade a literatura no Egito faraônico. Brasília: Universidade de Brasília, 2000.
ASANTE, Molefi K. Kemet, Afrocentricity and Knowledge. Trenton: Africa World Press, l990.
______________. Kemet, Afrocentricity and Knowledge. Trenton: Africa World Press, l990.
______________. The Afrocentric Idea. Philadelphia: Temple University Press, 1987.
______________. Uma Origem Africana da Filosofia: Mito ou Realidade? In: Capoeira Revista de Humanidades e Letras. V. 1. nº 1., 2014.
______________. Afrocentricity. 3rd ed. Trenton: Africa World Press, 1987.
______________. Afrocentricidade como Crítica do Paradigma Hegemônico Ocidental: Introdução a uma Ideia em Ensaios Filosóficos. Trad. Renato Noguera, Marcelo J. D. Moraes e Aline Carmo. Volume XIV– Dezembro/2016.
______________. Afrocentric idea in education. The Journal of negro. Vol. 60. n. 2, Spring 1991, pp.170-180.
______________. Afrocentricidade: A Teoria de Mudança Social. Trd. Ana Monteiro; Ama Mizani; Ana Lúcia. Philadelphia: Afrocentric International, 2014.
______________. Afrocentricidade: Notas Sobre uma Posição Disciplinar. Em: Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica inovadora. São Paulo: Selo Negro, 2009. pp. 93-110.
______________. The Egyptian philosophers: ancient African voices from Imhotep to Akhenaten. illinois: African American images, 2000.
______________. Afrocentricity in http://www.asante.net/articles/1/afrocentricity/, 2003 (acesso em 29/03/2010).
BAYIBAYI, Jesus Molongwa. Epistemología Africana y Concepciones teóricas: Reevaluar El Impacto De Los Presupuestos Sobre La Filosofía De Lo Real. Tese Acadêmica, 2017.
BILOLO, Mubabinge. Vers un Dictionnaire Cikam-Copte-Luba: Bantuïté du Vocabulaire Égyptien-Copte dans Essais de Homburger et d’Obenga. Munich: African University Studies, 2011.
DIOP, Cheikh Anta. Civilization or Barbarism. New York: Lawrence Hill, l991.
______________. Nations nègres et culture. Paris: Présence africaine, 1954.
______________. Parenté génétique de l’égyptien pharaonique et des langues négroafricaines. Paris: IFAN/NEA, 1977.
______________. A Unidade Cultural da África Negra: Esferas do Patriarcado e do Matriarcado na Antiguidade Clássica. Trad. Silvia Cunha Neto. Portugal: Pedago, 2014.
______________. Antériorité des civilisations nègres: mythe ou vérité historique? Paris: Présence africaine, 1967.
______________. The African Origin of Civilization. New York: Lawrence Hill, l974.
______________. The Cultural Unity of Black Africa: The Domains of Patriarchy and of Matriarchy in Classical Antiquity. London: Karnak House, 1989.
GARDINER, Alan H. Egyptian Grammar: Being an Introduction to the Study of Hieroglyphs. 3ª ed. Cambridge: Friffith Institute Oxford, 2007.
HADOT, P. Exercices Spirituels et Philosophie Antique. Paris: Albin Michel, 2002.
HUDSON-WEEMS, Cleonora. Africana Womanism: ReclaimingOurselves. MI: Bedford Publishers, 1993.
JAMES, George G. M. Stolen legacy: the Greek Philosophy is a stolen Egyptian Philosophy. drewryville: Khalifah’s Booksellers & Associates June, 2005.
LICHTHEIM, M. Vol I. Ancient Egyptian Literature: The Old And Middle Kingdoms, 1973.
______________. Vol II. Ancient Egyptian Literature: The Old And Middle Kingdoms, 1973.
______________. Vol III. Ancient Egyptian Literature: The Old And Middle Kingdoms, 1973.
NOGUERA, R. A ética da serenidade O caminho da barca e a medida da balança na filosofia de Amenemope. In: Ensaios Filosóficos. Vol. VIII – Dezembro/2013. pp. 139-155.
______________. Ensino de filosofia e a Lei 10639. 1.ed. Rio de Janeiro: Ceap, 2011.
______________. Amenemope, o coração e a filosofia, ou a cardiografia (do pensamento). In Semna– Estudos de Egiptologia II. orgs. Antonio Brancaglion Jr., Rennan de Souza Lemos e Raizza Teixeira dos Santos. RJ: Seshat/Editora Klínē, 2015, pp. 117- 127.
______________. Entre a Linha e a Roda: Infância e Educação das Relações Étnico-Raciais. Em Revista do Programa de Pós-Graduação em Humanidades, Culturas e Artes – UNIGRANRIO. Vol.1, n. 15. (2017) pp. 398-419.
______________. O Ensino de Filosofia e a Lei 10.639. Rio de Janeiro: Pallas: Biblioteca nacional, 2014.
OBENGA, Théophile. La philosophie africaine de la période pharaonique (2780-330 a. C.), Paris: L’Harmattan, 1990.
RAMOSE, Mogobe. Sobre a legitimidade e o estudo da filosofia africana. Trad. Dirce Eleonora Nigro Solis; Rafael Medina Lopes; Roberta Ribeiro Cassiano. In: Ensaios Filosóficos, Volume IV, 2011.

Downloads

Publicado

21-11-2019