AUTONOMIA CURRICULAR NO ENSINO MÉDIO INTEGRAL EM TEMPO INTEGRAL
entre prescrições e desafios
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-1579.2020v13n3.51079Palavras-chave:
Políticas Curriculares, Autonomia Curricular, Ensino Médio Integral em Tempo Integral, Cadernos de SistematizaçãoResumo
As novas políticas curriculares e a parceria da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina (SED), com o Instituto Ayrton Senna (IAS), resultaram na implementação do Ensino Médio Integral em Tempo Integral (EMITI). Considerando esta parceria, esta produção tem como objetivo discutir e refletir acerca da percepção dos docentes que atuam no EMITI sobre os desafios na construção da autonomia curricular frente à utilização dos Cadernos de Sistematização e das Orientações para os Planos de Aula (OPAs). De perspectiva metodológica qualitativa, essa investigação contou com a aplicação de um questionário, com questões abertas e fechadas, aos 28 docentes que atuam no programa na cidade de Joinville-SC. A análise articula as respostas das questões fechadas, nas quais utilizou-se uma escala de valores denominada Likert, organizada em cinco níveis, e das questões abertas em meio ao referencial teórico das políticas e estudos curriculares. A partir das análises dos materiais orientadores e da percepção dos professores relacionada à construção da autonomia curricular no planejamento docente, constatou-se que os desafios enfrentados pelos docentes que atuam no EMITI decorrem das prescrições dos materiais disponibilizados pelo IAS. As condições aportadas na investigação permitem inferir que, cientes das regulações, os professores acreditam ter autonomia curricular, porém está diretamente condicionada ao expressivo grau prescritivo dos materiais didáticos utilizados, o que implica numa autonomia curricular regulada.
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