Do Desterro aos porões da ditadura: a memória e as subjetividades de uma militante na resistência política

Autores

  • Ary Albuquerque Cavalcanti Junior Universidade Federal da Grande Dourados

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2018v39n39.41025

Palavras-chave:

Ditadura, Mulheres, Memória

Resumo

O presente artigo, oriundo de minha pesquisa de mestrado, busca a partir das memórias de uma ex-militante política, analisar como se deu o processo de sua trajetória e a relação direta com a Ditadura Civil-Militar instaurada em 1964. Fazendo uso da história oral como método, neste trabalho serão analisados os episódios narrados levando a contento as subjetividades e a relação com o tempo presente no seu processo de rememoração/construção. Perpassando a formação política, o movimento estudantil bem como prisões e perseguições vivenciadas, a partir da experiência de Maria Liége, esperamos contribuir em reflexões que tangenciem o período e a relação direta entre a participação da mulher na resistência política. Para isso, levaremos em consideração a visão da esquerda e dos órgãos de repressão acerca das militantes, tendo a memória de nossa personagem relações diretas com o que é dito e com que foi vivido. Por fim, o presente trabalho busca problematizar a região Nordeste do país não como zona de recuo de militantes perseguidos em outras regiões, mas, também, detentor de uma forte estrutura de repressão e de perseguição. Logo, concluímos que as mulheres tiveram importância para o processo de resistência contra a ditadura, bem como houveram inúmeros focos de luta política fora do eixo Sul-Sudeste.

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Biografia do Autor

Ary Albuquerque Cavalcanti Junior, Universidade Federal da Grande Dourados

Doutorando em História pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Mestre em História Regional e Local pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) realizo estudos voltados para as "Ditaduras" que ocorreram na América Latina ao longo do século XX, tendo como foco a ação e a resistência de mulheres no período relacionado ao Brasil a partir do golpe de 1964. Também desenvolvo estudos sobre a historiografia ditatorial, história das mulheres, relações de gênero e ensino. Atualmente faço parte dos grupos de pesquisa História Oral e Memória; Estudos do Tempo Presente - ligados ao Programa de Pós Graduação da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Memórias, Ditaduras e Contemporaneidades ligado ao Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e ao Laboratório de Estudos de Gênero, História e Interculturalidade (LEGHI) ligado ao Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal da Grande Dourados em conjunto com Cátedra Unesco.

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Publicado

2018-12-17

Como Citar

CAVALCANTI JUNIOR, A. A. Do Desterro aos porões da ditadura: a memória e as subjetividades de uma militante na resistência política. Sæculum - Revista de História, [S. l.], n. 39 (jul./dez.), p. 295–310, 2018. DOI: 10.22478/ufpb.2317-6725.2018v39n39.41025. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/srh/article/view/41025. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: As ditaduras militares no Brasil e no Cone Sul: História, Historiografia e Memória