Solidão e razão: do solipsismo à estrutura relacional do saber em Lévinas
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v8i3.60479Palavras-chave:
Ontologia, Fenomenologia, Solipsismo, Relação, OutroResumo
O artigo examina a compreensão levinasiana acerca das categorias filosóficas de solidão e de razão. Objetiva mostrar que, tradicionalmente, a solidão e a razão sempre foram consideradas a partir de uma dialética do ser. A solidão revelou-se aos entes como uma prisão, uma impossibilidade sair de si mesma e foi descrita como uma aspiração ao saber, enquanto transcendência no interior da própria imanência, que conduz para aquilo que lhe falta. Sustenta-se que, em Levinas, o filosofar não envolve uma aspiração que corresponde à redução do Outro ao Mesmo e que a solidão não será rompida mediante o conhecimento, ajustamento do exterior ao interior, enquanto obra da razão solipsista. Portanto, na fenomenologia levinasiana, vislumbra-se uma possibilidade de ruptura como a razão solipsista, que agora será descrita como uma estrutura relacional, em que o saber implica um trabalho coletivo e aberto, cujo desejo visa superar horizontes e buscar o novo mediante a relação com o Outro.
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