QUANDO OS MAIORES MEDOS NÃO SÃO POSSÍVEIS, SÃO PROVÁVEIS

metodologia e ética na pesquisa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15687/rec.v15i3.64761

Palavras-chave:

conversa, estudos do cotidiano, curriculo, ética na pesquisa, criação curricular

Resumo

O presente artigo apresenta as metodologias de conversas, de pesquisa com os cotidianos e de escrevivências que se desenvolveram na pesquisa de doutoramento, junto a questões éticas que enfrentamos ao narrar sobre as criações curriculares com cotidianos de uma escola pública da periferia na Baixada Fluminense/RJ, contemplada pelo Edital FAPERJ de “Apoio à melhoria das escolas da rede pública sediadas no Estado do Rio de Janeiro — 2021” para desenvolvimento do projeto “Linguagens plurais: sons, saberes e sabores”. Educação, democracia, interseccionalidade são tecidas em narrativas como enfrentamento ao capitalismo, ao colonialismo e ao patriarcado, fazendo-se prática de pesquisa, formação e escrita curricular. O texto traz o debate sobre manter o anonimato da escola, de estudantes, de profissionais da educação e da comunidade, questão metodológica que atravessou a pesquisa, o debate com a banca na qualificação e com a orientação sobre a proteção para tempos de ódio. Refletimos sobre o “direito de aparecer” da escola, diante de políticas públicas de controle de currículos como a Base Nacional Comum Curricular, por exemplo, e seguimos apresentando as metodologias de pesquisa com os cotidianos, com as conversas e com a criação literária. A escolapesquisada, desta forma, é tudo isso e não é nada disso.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Maria Luiza Süssekind, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

Doutora em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

Silvia Tkotz, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

Mestra em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Doutoranda pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e Orientadora pedagógica na rede pública de ensino do município de Duque de Caxias.

Referências

ALVES, Nilda. Decifrando o pergaminho: o cotidiano das escolas nas lógicas das redes cotidianas. In: ALVES, Nilda e OLIVEIRA, Inês Barbosa de (Orgs.). Pesquisa no/do cotidiano das escolas. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

ALVES, Nilda. Os movimentos necessários às pesquisas com os cotidianos – após muitas ‘conversas’ acerca deles. In OLIVEIRA, Inês Barbosa de; SÜSSEKIND, Maria Luiza; PEIXOTO, Leonardo (orgs). Estudos do cotidiano, currículo e formação docente - questões metodológicas, políticas e epistemológicas. Curitiba: CRV, 2019.

ALVES, Nilda. Sobre movimentos das pesquisas nos/dos/com os cotidianos das escolas”. In ALVES, Nilda e OLIVEIRA, Inês Barbosa de (orgs.). Pesquisa no/do cotidiano das escolas: sobre redes de saberes. Rio de Janeiro: DP&A, 2008.

DANIEL, Sharon. The Public Secret: Information and Social Knowledge, 2007. Disponível em http://artsites.ucsc.edu/faculty/sdaniel/bordertech/publications/PublicSecrets_documenta.pdf. Acesso em: 27 jun. 2021.

ESTEBAN, Maria Tereza. A negação do direito à diferença no cotidiano escolar. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 19, n. 2, p. 463-486, jul. 2014. Disponível em https://www.scielo.br/j/aval/a/5KL8M8R7v5fgzbmnkxrhLMP/?lang=pt&format=pdf. Pesquisado em 05/01/2022

EVARISTO, Conceição. Becos da Memória. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2013.

EVARISTO, Conceição. Poemas da recordação e outros movimentos. 3.ed. Rio de Janeiro: Malê, 2017.

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo Afro-latino-americano. Caderno de Formação Política do Círculo Palmarino, n.1, Batalha de Ideias: AfroLatinoAmérica, p. 12-21, 2011.

HOOKS, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática de liberdade. Trad. Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2013.

JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2005.

OLIVEIRA, Inês Barbosa de. O currículo como criação cotidiana. Petrópolis: DP et Alii; Rio de Janeiro: FAPERJ, 2012.

SÜSSEKIND, Maria Luiza. “O que aconteceu na aula? Políticas, currículos e escritas nos cotidianos da formação de professores numa universidade pública”. Revista Teias [online], Rio de Janeiro, v. 18, p. 134-148, out./dez. 2017. Disponível em https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistateias/article/view/30506. ISSN 1982-0305. https://doi.org/10.12957/teias.2017.30506. Acesso em 07 out 2022.

SÜSSEKIND, Maria Luiza. A BNCC e o “novo” Ensino Médio: reformas arrogantes, indolentes e malévolas. Retratos da Escola, v. 13, n. 25, 2019. http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/980 Acesso em: 07 jan 2022.

SÜSSEKIND, Maria Luiza. O ineditismo dos estudos nosdoscom os cotidianos: currículos e formação de professores, relatos e conversas em uma escola pública do Rio de Janeiro. Brasil, Revista e-Curriculum, [S.l.], v. 9, n. 2, ago. 2012. ISSN 1809-3876. Disponível em: http://revistas.pucsp.br/curriculum/article/view/10987/8107. Acesso em: 06 set. 2020.

SÜSSEKIND, Maria Luiza. Quem é William F. Pinar?. Rio de Janeiro: De Petrus et Alii, 2014.

SÜSSEKIND, Maria Luiza. Teatro de ações: arqueologia dos estudos nosdoscom os cotidianos. Relatos das práticas pedagógicas emancipatórias nas escolas. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, Rio de Janeiro, 2007. 235 p.

SÜSSEKIND, Maria Luiza; CARMO, Lorena Azevedo do; NASCIMENTO, Stephanie Duarde Láu do. ‘Alfinetar’: currículos, ódios e gêneros. Revista Estudos Feministas, v. 28, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/c6h7sWF7qd8SbkyNhskcCnj/abstract/?lang=pt. Acesso em 30 jul. 2022.

SÜSSEKIND, Maria Luiza; PAVAN, Ruth. Outras metodologias e outras epistemologias: pesquisas com currículos a caminho de bacurau. Revista Teias, v. 20, n. 59, p. 1-7, 2019. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistateias/article/view/47485. Acesso em 04 jan. 2022.

TKOTZ, Silvia. De Canarinhos a Bom Jesus: tecendo histórias em conversas. 2006, 192 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação, PROPED/UERJ, Rio de Janeiro. 2006.

Downloads

Publicado

15-12-2022

Como Citar

SÜSSEKIND, M. L.; TKOTZ, S. . QUANDO OS MAIORES MEDOS NÃO SÃO POSSÍVEIS, SÃO PROVÁVEIS: metodologia e ética na pesquisa. Revista Espaço do Currículo, [S. l.], v. 15, n. 3, p. 1–11, 2022. DOI: 10.15687/rec.v15i3.64761. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/64761. Acesso em: 26 abr. 2024.