CURRÍCULO NA RELAÇÃO MUSEU-ESCOLA

análise de uma visita escolar a um aquário

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-1579.2020v13n3.53945

Palavras-chave:

Museu de ciência, Educação museal, Educação ambiental, Currículo museal, Currículos pensadospraticados

Resumo

Este texto é derivado de uma pesquisa que teve como objetivo investigar produções curriculares desenvolvidas em e a partir de visitas escolares ao Aquário Marinho do Rio de Janeiro (AquaRio). Inicialmente discutimos a dimensão educativa dos museus de ciência para abordar a pedagogia museal. Em seguida, tecemos considerações sobre a noção de currículo museal. Localizamos essa discussão no âmbito do AquaRio a partir dos dados empíricos produzidos – por meio de uma investigação do site da instituição e da realização de entrevistas com professores – e analisados a partir da análise temática. Argumentamos que os sentidos valorizados nas exposições do AquaRio – embasadas nas Ciências da Natureza e na Educação Ambiental – podem ser ressignificados em cada mediação e em desdobramentos posteriores pelos praticantespensantes dos currículos escolares.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Franco Gomes Biondo, Secretaria Municipal de Educação de Maricá, Brasil.

Mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense e professor efetivo de Ciências na Rede Municipal de Maricá e na Rede Privada de Niterói.

Maria Jacqueline Girão Soares de Lima, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil.

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professora do Departamento de Didática da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Referências

BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. 2ª edição. São Paulo: edições 70, 2011, p. 280.

BASTOS, Ana Carolina Fortes. O conteúdo de Ciências do Mar em livros didáticos de Ciências do sexto ano do Ensino Fundamental. Orientadora: Andrea de Oliveira Ribeiro Junqueira. 2009. 85f. Monografia (Bacharelado em Biologia Marinha). Instituto de Biologia. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

BERNSTEIN, Basil. A estruturação do discurso pedagógico: classe, códigos e controle. Petrópolis: Vozes, 1996, p. 307.

BOMFIM, Vanessa Lima; KAWASAKI, Clarice Sumi. A Ecologia e o Ensino de Ciências e de Biologia nas pesquisas em Educação Ambiental. In: Anais do X Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, Águas de Lindóia, nov. 2015, p. 1 – 8. Disponível em: . Acesso em 29 jun. 2020.

BRAUN, Virginia; CLARKE, Victoria. Using thematic analysis in psychology. Qualitative Research in Psychology, v. 3, n. 2, 2006, p. 77 – 101. Disponível em: . Acesso em 29 jun. 2020.

CASTRO, Peter; HUBER, Michael. Biologia Marinha. 8ª Edição. Porto Alegre: AMGH, 2012, p. 480.

CAZELLI, Sibele; QUEIROZ, Glória; ALVES, Fátima; FALCÃO, Douglas; VALENTE, Maria Esther; GOUVÊA, Guaracira; COLINVAUX, Dominique. Tendências pedagógicas das exposições de um museu de ciências. In: GUIMARÃES, V.; SILVA, G. A. (Eds.). Implantação de centros e museus de ciência. Rio de Janeiro: UFRJ, 2002, p. 208 – 218.

CAZELLI, Sibele; VALENTE, Maria Esther. Incursões sobre os termos e conceitos da educação museal. Docência e Cibercultura, v. 3, n. 2, set. 2019, p. 18 – 40. Disponível em: . Acesso em 29 jun. 2020.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. 22ª Edição. Petrópolis: Vozes, 2014, p. 319.

CHEVALLARD, Yves. La transposición didáctica: del saber sabio al saber enseñado. Buenos Aires: Aíque, 1991, p. 191.

GALEANO, Eduardo. O Livro dos Abraços. 14ª Edição. Porto Alegre: L&PM, 2019, p. 271.

GALLON, Mônica da Silva; PRASNISKI, Maria Elena Tobolski; CAMARGO, Tatiana Souza de; ROCHA-FILHO, João Bernardes da. O Estudo da Célula: Contribuições de um Museu Interativo para a Aprendizagem e Ensino de Ciências. Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, v. 18, n. 1, 2017, p. 12 – 17. Disponível em: . Acesso em 29 jun. 2020.

KRASILCHIK, Miriam. Reformas e realidade: o caso do ensino das ciências. São Paulo em Perspectiva, v. 14, n. 1, 2000, p. 85 – 93. Disponível em: . Acesso em 29 jun. 2020.

LAYRARGUES, Philippe Pomier.; LIMA, Gustavo Ferreira da Costa. As macrotendências político-pedagógicas da educação ambiental brasileira. Ambiente & Sociedade, v. 17, n. 1, jan.-mar. 2014, p. 23 – 40. Disponível em: . Acesso em 29 jun. 2020.

LIMA, Isabel Victória Corrêa Van Der Ley. O estágio em museus de ciência: o museu como espaço de produção de conhecimento e formação. Orientadora: Maria Cristina Monteiro Pereira de Carvalho. 2018. 196f. Tese (Doutorado em Educação). Programa de Pós-Graduação em Educação. Departamento de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

LOPES, Alice Casimiro. Teorias pós-críticas, política e currículo. Educação, Sociedade & Culturas, n. 39, 2013, p. 7 – 93. Disponível em: . Acesso em 29 jun. 2020.

LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Sustentabilidade e educação: um olhar da ecologia política. São Paulo: Cortez, 2012, p. 128.

MARANDINO, Martha. Interfaces na relação museu-escola. Caderno Catarinense de Ensino de Física, v. 18, n. 1, abr. 2001, p. 85 – 100. Disponível em: . Acesso em 29 jun. 2020.

MARANDINO, Martha. Museus de Ciências como espaços de educação. In: FIGUEIREDO, Betânia Gonçalves; VIDAL, Diana Gonçalves. Museus: dos Gabinetes de Curiosidades à Museologia Moderna. Belo Horizonte: Argumentum, 2005, p. 165 – 176.

MARTINS, Luciana Conrado. Como é criado o discurso pedagógico dos museus? Fatores de influência e limites para a educação museal. Museologia & Interdisciplinaridade, v. 3, n. 6, mar.-abr. 2015, p. 49 – 67. Disponível em: . Acesso em 29 jun. 2020.

MARTINS, Luciana Conrado. Existe um currículo museal? As teorias curriculares na compreensão da educação em museus. Educação Temática Digital, v. 20, n. 3, jul.-set. 2018, p. 640 – 661. Disponível em: . Acesso em 29 jun. 2020.

MCMANUS, Paulette. Topics in museums and science education. Studies in Science Education, v. 20, 1992, p. 157 – 182. Disponível em: . Acesso em 29 jun. 2020.

OLIVEIRA, Inês Barbosa de. Currículo e processos de aprendizagemensino: políticaspráticas educacionais cotidianas. Currículo sem Fronteiras, v. 13, n. 3, p. 375-391, set.-dez. 2013a, p. 375 – 391.

OLIVEIRA, Inês Barbosa de. Currículos e pesquisas com os cotidianos: o caráter emancipatório dos currículos pensadospraticados pelos praticantespensantes dos cotidianos das escolas. In: FERRAÇO, Carlos Eduardo; CARVALHO, Janete Magalhães (Orgs.). Currículos, pesquisas, conhecimentos e produção de subjetividades. Petrópolis: DP et Alii, 2013b, p. 47 – 70.

PICCININI, Cláudia Lino; ANDRADE, Maria Carolina Pires de. O ensino de Ciências da Natureza nas versões da Base Nacional Comum Curricular, mudanças, disputas e ofensiva liberal-conservadora. Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, v. 11., n. 2, 2018, p. 34 – 50. Disponível em: . Acesso em 29 jun. 2020.

REIS, Graça Regina Franco da Silva; CAMPOS, Marina Santos Nunes de. A Base Nacional Comum Curricular e sua relação com as teorias tradicionais de currículo: retrocesso na construção de uma escola democrática. Perspectivas em Educação Básica, n. 3, dez. 2019, p. 24 – 34. Disponível em: . Acesso em 29 jun. 2020.

SALGADO, Maurício de Mattos. A transposição museográfica da biodiversidade no aquário de Ubatuba: estudo através de mapas conceituais. Orientadora: Martha Marandino. 2011. 202f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências). Programa de Pós-graduação Interunidades em Ensino de Ciências. Faculdade de Educação, Instituto de Física, Instituto de Química e Instituto de Biociências. Universidade de São Paulo, São Paulo.

SALGADO, Maurício de Mattos; MARANDINO, Martha. O mar no museu: um olhar sobre a educação nos aquários. História, Ciências, Saúde, v. 21, n. 3, jul.-set. 2014, p. 867 – 882. Disponível em: . Acesso em 29 jun. 2020.

SÁPIRAS, Agnes. Aprendizagem em museus: uma análise das visitas escolares no Museu Biológico do Instituto Butantan. Orientadora: Martha Marandino. 2007. 155f. Dissertação (Mestrado em Educação). Programa de Pós-graduação em Educação. Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo.

SCHMIDT, Elisabeth Silveira. Currículo: uma abordagem conceitual e histórica. Publicatio UEPG: Ciências Humanas, Linguística, Letras e Arte, v. 11, n. 1, jun. 2003, p. 59 – 69. Disponível em: . Acesso em 29 jun. 2020.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 3ª Edição. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017, p. 154.

SUIZANI, Camila; CASSAB, Mariana. Sobre a produção da área de Educação em Ciências e Biologia na EJA: apontamentos e provocações. In: AYRES, Ana Cléa Moreira; CASSAB, Mariana; LIMA-TAVARES, Daniele. Ao longo de toda a vida: conhecer, inventar, compreender o mundo. 2ª Edição. Curitiba: Editora Prismas, 2016, p. 65 – 91.

SZPILMAN, Marcelo. AquaRio: a história de superação para realizar um sonho. Rio de Janeiro: Mauad X, 2019, p. 126.

TRILLA, Jaume. A educação não-formal. In: GHANEM-JUNIOR, Elie; TRILLA, Jaume; ARANTES, Valéria Amorim (Orgs.). Educação formal e não-formal. Pontos e Contrapontos: São Paulo, 2008, p. 15 – 58.

VALENTE, Maria Esther. A conquista do caráter público dos museus. In: GUARACIRA, Guaracira; MARANDINO, Martha; LEAL, Maria Cristina (Eds.). Educação em Museus: a construção social do caráter educativo dos museus de ciências. Rio de Janeiro: Acess, 2003, p. 21 – 46.

Downloads

Publicado

09-11-2020

Como Citar

BIONDO, F. G.; LIMA, M. J. G. S. de. CURRÍCULO NA RELAÇÃO MUSEU-ESCOLA: análise de uma visita escolar a um aquário. Revista Espaço do Currículo, [S. l.], v. 13, n. 3, p. 463–477, 2020. DOI: 10.22478/ufpb.1983-1579.2020v13n3.53945. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/53945. Acesso em: 16 abr. 2024.